Eram cerca de 20 pessoas as que se juntaram já eram cerca de sete da tarde, com uma extensa ordem de trabalhos pela frente. Falou-se das assembleias temáticas, da semana que passou, das actividades que estão para vir, do funcionamento, da estrutura, da divulgação e do bairro. Mais uma vez, começou-se de dia e acabou-se de noite.
Iniciada com a partilha das informações sobre a última assembleia temática “o que é um projecto não comercial” (o resumo pode ser visto aqui), logo se passou para a questão central: os encontros dos grupos de trabalho temáticos deverão ter um cariz decisório ou não? serão um polo de decisão ou apenas de discussão? Perante essa pergunta as vontades e as ideias que se expressaram foram várias, em ambas as direcções. Concluiu-se que o melhor seria tentar que sim, que tivessem cariz decisório, mas, para isso, os encontros deveriam estar sujeitos a um maior cuidado na sua preparação, facilitação e divulgação. E as decisões, tal como todas as outras, estariam sujeitas a eternas discussões em algum ponto da sua existência.
De forma orgânica saltou-se de questão em questão sem se perder o fio à meada. No balanço da semana, soube-se da presença de cerca de 15 pessoas na oficina de cozinha vegana, no sábado anterior. Nas lacunas típicas do funcionamento de um espaço, referiu-se o encerramento da biblioteca durante grande parte do tempo.
O workshop de break dance proposto há umas semanas é para seguir em frente, tal como uma oficina de teatro para os mais velhos. Esta última deverá decorrer uma vez por semana e deverá unir esforços com o grupo de teatro já existente, começando quando houver gente interessada nisso.
O grupo de reconhecimento do bairro explicou que criou um esquema, organizado e mapeado, de distribuição porta-a-porta da folha de notícias, que era para ser iniciado aquando do lançamento do nº1. Como isso foi entretanto assumido por outros voluntários, e para evitar que seja confundido com uma qualquer irmandade evangélica, devido ao seu zelo excessivo, o grupo decidiu avançar com a tarefa quando sair o nº2 da folha de notícias, aproveitando a divulgação para melhor conhecer o bairro e as suas aspirações quanto à Es.Col.A.
Em resposta à questão da bilblioteca se encontrar encerrada a maior parte do tempo chegou-se à frente a proposta do grupo de apoio escolar, de tentar angariar gente suficiente que garanta a sua abertura todos os dias, das 17h00 às 20h00. Quem se quiser propor a ajudar é só contactar. Caso haja mais gente, alarga-se o horário. Para além do mais, é necessária a catalogação dos livros existentes, de modo a organizá-los de forma mais eficiente. Uma proposta vinda do Musas e da CasaViva sugeriu a catalogação conjunta dos livros dos três espaços para que se consiga criar uma base de dados comum. Propôs-se que os livros relacionados com agricultura e culturas afins fossem para as estantes do Musas e os dedicados ao ensino e a pedagogias várias para a Es.Col.A. Tudo isto prontamente aceite.
Anunciou-se um workshop de escalada para o dia 21 de outubro e o início das assembleias das “crianças em acção”, encontros de discussão sobre temas actuais para os rebentos mais novos, para breve.
Surgiu também a vontade de realizar o workshop de cozinha vegan aos sábados (regularidade semanal), que dará direito a jantar e cinema no próprio dia, cortesia da mesma oficina. Há-de aparecer também uma tarde de karaoke no mesmo dia, mas quinzenalmente, de forma a fomentar o espírito festivo que, segundo opiniões várias, se encontra um pouco esmorecido.
Seguiu-se o ponto de situação da preparação do hackmeeting paralelo na Es.Col.A, a 29 e 30 de Outubro, no fim-de-semana a seguir ao Hackmeeting Ibérico marcado para a Corunha. Após uma muito breve discussão aprovou-se a excepção à regra ao aceitar a permanência dos participantes do encontro na Es.Col.A durante o tempo que durar, entre 48 e 72 horas. Ou seja, haverá gente a dormir na Es.Col.A durante esses dias. Ponto mais complexo é o da internet. Aparentemente goradas as possibilidades de net estável e fornecida pelo ar, procuram-se agora outras hipóteses de dotar o espaço com rede. Se realmente se vir que não há outra forma, aceitou-se abrir contracto com uma entidade das que levam internet às casas. Integrado no hackmeeting foi a criação de um painel de imagens vídeo recolhidas ao longo dos últimos meses na Es.Col.A e que estará aí presente para discussão.
Passou-se para o estado da infra-estrutura es.col.ar. Faltava arranjar a caleira (que entretanto já está), as janelas (que também já estão) e colocar tela asfáltica nas telhas da cumeeira do edificio pequeno (que ainda não está mas para as quais já há o material necessário). Fora isso, necessidades mais urgentes para garantir um inverno agradável, deve-se agora actuar sobre as janelas do 2º andar e sobre as salas do 1º andar do edifício pequeno. Falou-se também da elaboração de uma planta da Es.Col.A em que os espaços sejam definidos, o que leva à necessidade de definir cada espaço de acordo com aquilo que se deseja para ele.
Discutiu-se a auto-gestão das obras e das limpezas. Referiu-se a limpeza das casas de banho, chegando-se à conclusão de que marcar o dia das assembleias para dia de limpeza pode ser um bom principio para manter a coisa bem cheirosa. De latrina em latrina, passamos directamente para a constituição da associação. O martírio burocrático, que curiosamente nunca agradou a nenhum dos presentes, está perto do fim, e para isso houve o contributo precioso duns poucos mas pacientes voluntários. Esperamos em breve poder deixar de falar dele e enterrá-lo bem enterradinho.
Foi tarde e a más horas que acabou este encontro. Para a semana há mais para quem quiser. Para quem não quiser, há Es.Col.A todos os dias!
sábado, 8 de outubro de 2011
resumo da 24ª assembleia
3ª feira, 27 de Setembro
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