- devolução do espaço antes abandonado a um uso focado no bairro e nos participantes no projeto;
- autogestão;
- objetivo político de libertação de espaços;
- intervenção na educação da comunidade como forma de mostrar alternativas à sociedade;
- abertura ao bairro;
- funcionamento como exemplo passível de ser replicado noutros locais;
- oferta de um modelo de educação não autoritário através de um espaço coletivo não hierárquico e comunitário;
- definir se o projeto Es.Col.A existe com a comunidade ou para a comunidade (o que arrasta consigo questões de autonomia e gestão do projeto por parte da comunidade e uma maior participação nas assembleias).
Os objetivos serviriam para pensar em estratégias para o futuro, tendo em conta que estes deveriam ser reformulados num novo texto que, depois de aprovado em nova assembleia, fosse publicado no blog.
Todavia o número muito reduzido de participantes nesta assembleia e a dificuldade em focalizar o tema da reunião levou a que esta, embora abordando diversos dos aspetos propostos na ordem de trabalhos provisória, não tivesse conseguido concluir as metas propostas para ela.
O resumo desta reunião pretende mais ser um relato dos aspetos debatidos na reunião e não tanto apresentar a proposta das conclusões do debate.
Assim, entre os assuntos abordados, focou-se a questão do papel educativo do projeto Es.Col.A., entendendo-se como papel educativo muito mais do que a educação formal ou escolar. Viu-se a importância do projeto educativo ser entendido como aprendizagem mútua, experiência de vida, e não fazer divergir "educação" e "cultura".
Discutiu-se o enfoque da questão do vegetarianismo, sendo esclarecido que nos principios da Es.Col.A. está estabelecida a não promoção do consumo de produtos de origem animal e não que este seja entendido como um objectivo do projeto.
Discutiram-se as razões do afastamento de um certo número de pessoas e tentou perceber-se se isso correspondia a um enfraquecimento do projeto ou apenas a uma evolução normal, tendo em conta que as questões de grande impacto e oportunidade devidas à desocupação já não se faziam sentir com tanta acuidade.
Discutiu-se a questão da responsabilidade e autogestão nos participantes do projeto e a relação entre indivíduo e coletivo, no sentido de que possa ser objetivo da Es.Col.A. uma muito maior participação dos indivíduos na gestão partilhada, não se servindo apenas do espaço para as suas atividades. Todavia viu-se que era importante trazer essas atividades à comunidade e que isso era, só por si, uma mais-valia.
Propôs-se um encontro entre aqueles que desenvolvem atividades, workshops, etc., na Es.Col.A., mas que esse encontro não deveria ser um evento burocratizado e administrativo. Poderia ser, por exemplo, um jantar. O objetivo seria estimular uma maior intervenção de todos os participantes no projeto global da Es.Col.A.
Discutiu-se qual a melhor forma de consagrar a experiência da Es.Col.A. no sentido de melhor ajudar a replicá-la.
Discutiu-se a relação da Es.Col.A. com a comunidade - bairro, cidade, país, planeta...
Viu-se a importância de aproximação às pessoas do bairro.
Salientou-se a necessidade de, no relaconamento entre nós todos, prevalecer um princípio de bom senso.
Abordou-se o relacionamento com os media, apontando-se que a existir, este deveria partir das necessidades do projeto e não pôr-se a jeito para especulação e desinformação.
A propósito de recentes situações de furto e danificação de objetos e de outras situações anómalas quer entre participantes, quer entre frequentadores do espaço, discutiu-se a atitude face ao erro. Apontaram-se vícios de permissividade e que se reforçasse a defesa dos princípios do projeto, não deixando que este se desmembre num conjunto de atividades desgarradas.
Houve uma dificuldade óbvia na focalização da discussão relativamente aos objetivos propostos, pelo que a discussão deverá continuar.
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